terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A disciplina do amor


“Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como barulho de um sino.”
1 Coríntios 13.1(NTLH)

     No capítulo 13 de 1 Coríntios Paulo nos fala que a prioridade absoluta na vida dos cristãos deve ser o amor de Deus. Uma das principais coisas que Deus quer ensinar ao seu povo é como amar com o amor ágape. Ágape denota “uma benevolência invencível e boa vontade inconquistável que sempre procuram o bem maior da outra pessoa, independentemente do que ela faz”. É o amor em que a pessoa se doa livremente sem pedir nada em troca e sem considerar o valor de seu objeto. Ágape é mais um amor por escolha do que philos, que é o amor por acaso ou uma emoção humana; e refere-se mais à vontade de que à emoção. Ágape descreve o amor incondicional que Deus tem pelo mundo. Deus quer ensinar ao seu povo a amar com amor ágape, que vem de escolher com nossa vontade permitir que o Espírito Santo ame outras pessoas por meio de nós. O amor humano é sempre algo vazio e depende de humor e sentimentos. O amor ágape se vale do Espírito Santo para amar assim como Deus amou as pessoas.

    Uma das maiores disciplinas que um cristão pode colocar em prática em todas as suas atitudes, pensamentos, palavras e ações é o amor. Este requer que coloquemos de lado nossos sentimentos e desejos em benefícios dos outros e da causa da unidade da Igreja.
      A vida cristã é transparente, não-egoísta, cheia de integridade e de um excelente caráter. Uma pessoa cristã vê os relacionamentos pessoais como uma das mais altas prioridades da vida e encara a falha nessa área como algo muito preocupante. Porém, enquanto crescemos em nosso relacionamento de amor com Jesus Cristo e entendemos melhor e apreciamos o seu presente altruísta por nós, desejaremos crescer em nossa habilidade de demonstrar amor pelas pessoas.

Aprendendo a amar

     Talvez não exista advertência mais sábia a respeito de perigo de se experimentar o poder de Deus do que aquela registrada na carta de Paulo aos Coríntios. Eis aqui um povo que ele elogia e, ao mesmo tempo, disciplina de maneira muito firme. Assim como ele acolhe a experiência deles nos dons do Espírito. Ele também exige que eles aprendam a graça do Espírito – o amor.

    O chamado para crescer em amor é fundamental pra qualquer outro valor ou objetivo na vida cristã. 1 Coríntios 13 indica o caminho, chamando a atenção para a ausência de valor em qualquer realização, dom ou sacrifício quando o amor não é a fonte e o tempero de todos eles.

1.       A responsabilidade mútua (Gênesis 4.9)
Nós somos responsáveis pela maneira como tratamos os nossos irmãos e irmãs (de sangue e espirituais).
2.       O amor acolhe aqueles que nos fizeram mal (Gênesis 45.4)
Deus espera que demonstremos um amor perdoador e expressivo àqueles que falharam contra nós.
3.       O amor cristão sem segundas intenções aos estrangeiros (Levítico 19.34)
Lembre-se do quanto a rejeição fere e nunca a pratique. Trate os outros como uma família.
4.       Amando os outros (Salmo 15.1-3)
Permanecer na presença de Deus, falar gentilmente e nunca fazer fofoca ou desacreditar o seu próximo.
5.       Perdoando para ser perdoado (Salmo 86.5)
Deus deseja que exerçamos misericórdia de forma abundante, assim como a recebemos também de forma abundante.
6.       Ame os seus inimigos (Mateus 5.44-45)
Jesus nos exorta claramente a amarmos aqueles que demonstram animosidade (antipatia, inimizade) em relação a nós.
7.       Amando quem não ama você (Lucas 6.31-35)
Através da transformação pelo amor de Deus, nós somos capacitados a amar sinceramente aqueles que não merecem amor.
8.       Servindo as pessoas (João 12.26)
O amor desprende-se do status social e aceita um lugar mais simples entre aqueles a quem servimos.
9.       O mandamento do amor (João 15.12-13)
O amor de Deus nos capacita a esquecer o conforto e a compartilhar o tratamento e a dor do outros.
10.   O amor e a amizade cristã aumentam o nosso conhecimento de Cristo (2Pedro 1.7-8)
A natureza divina resolve conflitos pessoais liberando, assim, afeição e benevolência.


     Portanto, o amor é o que determina a verdadeira espiritualidade de uma pessoa. Tudo que uma pessoa possa fazer dentro do corpo de Cristo é considerado como nada, Paulo escreve, a menos que suas ações sejam acompanhadas pelo amor.
   
     Bom galera, mais um ano está chegando e junto com ele novas responsabilidades. Temos o costume de planejar um caminhão de coisas para fazer no “ano que vem”, que tal botarmos em prática esse amor que Deus quer que nós demonstremos por Ele, pelos outros e também na Sua obra. Afinal, Jesus Cristo nos deu a maior prova de amor, sacrificando a si mesmo por nós, quando ainda éramos pecadores, sendo não-merecedores de qualquer coisa ou ato que viesse Dele. O que nos resta é... armarmos uns aos outros como Ele nos amou.

“Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor.”    1 Coríntios 13.13


Por: Fernanda Pereira

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

e o Ide...


Bom galera, estamos a toda na nossa igreja com a Casa do Julgamento, aliás, graças ao nosso Deus estamos todos imbuídos nesta obra. Ontem tivemos nossa pré-estreia e foi um sucesso para a honra e glória do nosso amado Deus! Mas a batalha fica ferrenha nessa sexta, onde nos depararemos com muitas pessoas, diferentes umas das outras, seja em seu modo de ver, em seu credo, suas convicções, enfim... pessoas que estarão ali, e se elas estarão ali é porque se disponibilizarão a ouvir a palavra de Deus e será nossa a missão de levar essa Verdade a elas, independente de religião, nosso dever é acima de tudo levar a salvação a cada uma delas. Mas para isso temos que antes de tudo, nos colocar a ouvir o Mestre disso tudo, aquele sem o qual essa obra não valerá de, absolutamente nada: Jesus Cristo! E colocar nosso coração completamente humilhado diante Dele,  DANDO O NOSSO MELHOR, reconhecendo que nada ali é pra nós mesmos, até porque se não tivéssemos o nosso Deus por nós, nada daria certo e nem teria valor!
Amados, temos ouvido durante todo esse período de preparação para a Casa do Julgamento, sobre a batalha que o inimigo de nossas almas irá travar por não estar nem um pouco satisfeito por esse evento. Ele sabe, e a palavra nos diz, que "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" e serão muitas pessoas que estarão ouvindo essa verdade que liberta...então temos que nos colocar em oração e súplica INCESSANTES pela peça; por nós, para que estejamos com o coração disponível para sermos usados apenas como instrumento nas mãos do Pai e que nenhuma glória recaia sobre nós; por toda equipe de nossa igreja, para que flua o amor entre os irmãos e nenhuma contenda possa ser implantada ali; e principalmente, queridos, pelas pessoas que irão assistir, para que o nosso Deus as toque, e cure aqueles corações. Mas antes mesmo de nos colocar em oração, temos que reconhecer que estamos em guerra, e em guerra árdua. Temos que reconhecer que o inimigo de nossas almas, o diabo, não é "um homem vermelhinho, com chifres e um tridente que nos cutuca o tempo inteiro." O diabo veio para matar, roubar e destruir, e se ele não brinca em serviço.... porque nós iremos brincar? Entremos, irmãos, nesta batalha totalmente conscientes de tudo que podemos enfrentar, e totalmente em intimidade com Deus pois se o diabo veio para matar, roubar e destruir, Cristo, a quem servimos, veio para destruir as obras de Satanás e por causa dEle a nossa vitória no fim será a mais linda de todas: uma cidade que ouviu da palavra do nosso Rei Jesus... e Nós: uma Igreja que verdadeiramente faz a vontade do nosso Deus!




Que Deus nos abençoe em mais essa missão!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Radical Jovem - Mais de Deus!

Bom galera, mais um Radical Jovem passou, muitas amizades foram feitas, muitos laços se estreitaram, sorrimos, choramos, brincamos, nos divertimos muito e a pergunta que fica é a seguinte: Você continua a mesma pessoa depois do Radical?

Pergunto isso para vocês porque, a noite quando fui dormir eu me questionei com essa pergunta. "Será que mudei algo? Será que pude me aproximar mais de Deus?" Logicamente, não pretendo que ninguém me responda a essa pergunta, apenas perguntei para você refletir.

Confesso que ando um pouco desanimado ultimamente. Me questiono todos os dias o "porque" de estar assim, e a resposta que encontro sempre é a mesma. Desanimo-me porque as vezes perco meu foco em Jesus Cristo e passo a ver o erro de meu próximo, me esquecendo que somos todos seres humanos e pecadores... Me esqueço que eu também erro, e muito! Perco meu foco pois deixo que fofocas e intrigas me afastem de Deus, pois me irrito e fico irado ao invés de buscar a Deus para que Ele faça justiça com Seus próprias mãos. Perco meu foco pois muitas vezes deixo que minha carne, meus desejos mundanos, tomem frente a vontade de Deus para minha vida, me levando assim a me afastar mais de Sua presença Santa. Perco meu foco porque tenho uma fé pequena, escuto mais os incrédulos do que meu Senhor. Deixo de falar, agir, cantar por não acreditar que estou cooperando para o Reino de Deus.

Mas o que isso tudo tem a ver com o Radical Jovem? Para mim, tem tudo a ver! O tema do Radical foi: Mais de Deus, menos de mim. Percebem o que é ter mais de Deus em sua vida e menos de você mesmo? Soa estranho, mas é tudo que eu preciso. Se eu tiver mais de Deus na minha vida, não deixarei de falar, orar e fazer para o Reino de Deus, pois minha fé estará grande em Deus, meu foco estará mais forte nEle e finalmente, minha vida estará totalmente na presença do Senhor. Terei a consciência que erro, que sou um pecador, tendo assim mais compaixão e paciência com meu próximo, falando, agindo, orando, com foco em Jesus Cristo.

Daniel foi um profeta de uma fé espetacular. Foi jogado na cova dos leões e saiu ileso. Mais porque Deus deixou que ele fosse jogado na cova dos leões e não o livrou de ser jogado lá? Ora, as vezes temos que cair dentro da cova dos leões para Deus agir. Seria muito fácil pra Deus impedir que Daniel fosse jogado na cova, mas o fato de Deus ter o preservado vivo foi um milagre, fazendo assim que todos adorassem o nome do Senhor.

Em nossos dias, ninguém é literalmente jogado na cova dos leões, como aconteceu com Daniel. A "cova dos leões" de hoje representa as adversidades, o lugar de derrota, tribulação e os leões são os nossos inimigos.

Eu quero ter a fé de Daniel, quero ter a intimidade que Daniel tinha com Deus, quero ter Mais de Deus e menos de mim, assim como Daniel tinha. Se um dia eu for assim poderei então cair na cova dos leões e sair ileso, poderei passar pelo vale da sombra da morte louvando ao Senhor, poderei viver com o foco nele, sem perceber o cenário que me cerca, sem perceber que um ou dois tentam me derrubar... poderei ver a Glória de Deus me envolver, para a honra dEle!

"Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tiago 4:7)
Se eu pudesse traduzir esse versículo que foi muito bem falado no Radical Jovem, eu o escreveria assim: "Mais de Deus, menos de mim e veja a glória de Deus" pois foi assim com Daniel, foi assim com Hananias, Misael e Azarias, pois foi assim com Elias, Eliseu, Abraao, Davi, Moisés... Nenhum desses servos de Deus foram livrados da "cova dos leões", nenhum deles tiveram uma vida de mansa, mas TODOS eles experimentaram as bênçãos de Deus. Mais de Deus significa abrir mão de muita coisa. Mais de Deus significa humilhar-se diante dEle. Mais de Deus significa OBEDECER A ORDEM DO NOSSO SENHOR. Tem pessoas que acham que Deus é como o gênio da lâmpada de Aladin: é só pedir, que ele dá. Deus é o nosso Senhor, isso quer dizer que ele é o nosso DONO, nós somos escravos, servos, não temos querer, temos obrigação de fazer o que Ele quer, quando Ele quer e da forma que Ele quer.

Quantos estão dispostos a cair na "cova dos leões"? Quantos querem ver a glória de Deus? Até quando seremos "Jonas", fugindo de Deus?

Para terminar minha postagem, esse Radical Jovem significou muita coisa para mim. Pude perceber que eu estava nadando contra a maré. Pude perceber que, por mais que eu me esforça-se para agradar a Deus, eu não queria ser incomodado pelo mundo, ou até mesmo pelas pessoas que me rodeiam. Mesmo com meu louvor sincero, mesmo com minhas obras sinceras, mesmo com tudo isso, eu queria fugir da "cova dos leões", queria evitar as adversidades. Hoje, ao contrário de como entrei no Radical, busco a "cova dos leões" para ver o agir de Deus em minha vida, pois se foi assim com todos os profetas de Deus, se foi assim com todos os discípulos de Jesus, porque comigo seria diferente?

Que possamos ter mais de Deus, mesmo na cova dos leões, e menos de nós mesmo para assim mostrarmos ao mundo o que é um Jovem Cristão Radical. Que Deus abençoe todos nós!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lei ou Graça?

Os cristãos mais cansados são os que de alguma maneira desejam guardar a lei. Não é difícil de encontra-los. Melhor, são eles que te encontram e querem, ao ver que você não tem o mesmo amor à lei do que eles, te convencer de que se deve guardá-la.

Todo desejo de guardar a lei é diretamente proporcional a incredulidade do sujeito. Deve-se fazer uma escolha: ou a lei ou a . As duas juntas não dá pé! Até rimou...

A lei para nós não tem vantagem alguma. A única coisa que ela pode nos dar é cansaço. E como! Eu conheço muitos cristãos cansados, estressados. É você começar a conversar com eles e logo começam as cusparadas de leis, regras, preconceitos, acusações, profecias diabólicas e tudo mais que uma mente adoecida pode produzir.

Você reconhece um desses quando ele pronuncia a palavra condenação. Eles a adoram! Tem uma outra também que faz parte do seu cotidiano: julgamento. Dá para ver nos seus olhos o imenso prazer com que falam: condenação e julgamento. É o que resulta da adoração a lei. A boca vai falando daquilo que o coração vai enchendo.

Tem também os teóricos da lei. São uma versão mais nova dos escribas. Para defender sua posição legalista chegam a estudar grego e hebraico. Sabem o significado das palavras no grego original e no moderno. Estudam minuciosamente cada letra do velho testamento. Quando algum versículo contraria sua posição, geralmente é porque foi mal traduzido.

Suas bíblias são cheias de esquemas, desenhos, explicações, sinais. Se não for assim, fica difícil guardar tantas informações.

Tudo isso representa a falta da pura e simples em Jesus. Tal fé não necessita grandes explicações nem fadigas, visto que não há muito do que se convencer. Onde há graça, há somente paz e certezas e a fé em Jesus é representada muito mais através de gestos do que palavras.

Me chama muito a atenção as pouquíssimas palavras de Jesus a partir do momento em que foi preso até a hora da sua morte. Foi indagado pelos principais dos judeus e pelos romanos. Disse muito pouco. Em alguns momentos nem as perguntas respondia. Contra ele estavam religiosos que não possuem o hábito de ouvir. Eles tem medo, muito medo de encontrar alguém que mostre com a+b que estão completamente enganados.

Tudo o que Jesus dissesse entraria por um ouvido e sairia pelo outro. Um religioso legalista somente está interessado em confirmar o que já decidiu que é verdade O que Jesus teria para dizer somente faria aumentar o ódio daqueles que o queriam morto.

O cansaço que a lei provoca na alma provém do esforço de querer extrair dela algo que possa nos trazer paz.

O convite de Jesus é para entrar no descanso pela fé, sem leis nem regras, mas somente crendo que em Cristo tudo já está consumado.

A lei fadiga.

A graça descansa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O que é estar com Deus?



As vezes pensamos que estar com Ele é simplesmente estar em uma Igreja exporadicamente; já outras vezes achamos que não precisamos nem mesmo de uma. Damos a desculpa de que “se Deus habita em nossos corações não é preciso estar lá”. Sim, é real e absolutamente correto o ensinamento que Igreja não é garantia ou caminho para a Salvação. Mas enfim, o que eu quero mostrar com esses exemplos são os enganos que as vezes nós cometemos quando pensamos no que é preciso para se estar na presença de Deus, e esses tais enganos existem de fato; mas pra mim, particulamente, o maior desses enganos é quando passamos anos e anos na comunhão da igreja com os irmãos, cantando, ministrando e “evangelizando” apenas de corpo presente, mas com o coração, absolutamente afastado da presença de Deus. 
Estar com Deus verdadeiramente, é exalar Deus, é transbordar Deus não de uma forma extravagante, até porque Jesus era simples e discreto, mas ter uma vida de comunhão com Ele. Certa vez ouvi uma pregação que fala sobre o Cristianismo que nós, jovens, vivemos no século XXI; cristianismo fácil, cristianismo que implica em mostrar como é “bonitinho” ir a Igreja, como é “lindo”cantar no ministério Jovem, como é “lindo” levantar as mão e orar “fervorosamente”.... Nós, jovens cristãos de hoje, achamos que para ser de Deus precisamos ser extravagantes. Quanto engano!!! Estar com Deus implica em uma mudança de vida radical, em abandonar o pecado, em saber sofrer silenciosamente, pois Jesus sofreu silenciosamente, implica em parar de reclamar da vida que se leva; estar com Deus é olhar para o irmão e não ver mais o corpo mas a alma e se importar se aquela alma é ou não salva. Mas o problema começa quando nossos olhos, que ao invés de serem espírituais se limitam em dois globos oculares, não se inclinam para ver as coisas do Alto, pelo contrário, se declinam a cada dia mais.

Em uma outra ocasião, ao ler o folheto de evengelismo que iamos entregar, fui impactada com o que estava escrito lá. O folheto fazia a seguinte suposição: “Suponha que você estivesse diante de Deus nesse momento, e Ele lhe perguntasse: ‘Por que Eu deveria deixá-lo entrar no céu?’ O que você diria?”. Ao me deparar com a seguinte pergunta a minha plerplexidade foi grande, pois eu realmente não faço nada [nada do que realmente importa pra Deus] para estar no céu. É claro que não seremos merecedores nunca e a Palavra é clara nisso, mas Jesus disse que toda árvore que não desse frutos seria cortada e jogada ao fogo. E a minha decisão FOI, aliás, É dar frutos pra Deus. Não o faço, ainda, como deveria, porém sei que é necessário lutar para agradar a Deus e eu não quero estar, como diz a letra de uma música, ‘livre só de faixada.’ E creio que você também não queira. 

Chega desse cristianismo extravagante que nós estamos vivendo! Deus tem que se mostrar em nós no dia a dia, no nosso falar, no nosso olhar, no nosso AGIR, e não num domingo a noite quando estamos no culto, ou um sabado que estamos “entregando folhetinhos”. Isso tudo deve ser feito, é óbvio, mas que não sejamos como os Fariseus, os Saduceus e os grandes Mestres da Lei que eram povo de Deus apenas da boca pra fora. Será que o texto de Marcos 7; 6 que diz: “Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim”  é valido para nós? Tomara que não!!! Nosso desejo tem que ser agradar a Deus e não a nós mesmos, porque nós fomos feitos única e exclusivamente para isso. Nosso chamado é fazer a diferença no mundo e não sermos como ele! Isso sim é estar com Deus!

Que Deus nos abençoe!!!!









terça-feira, 10 de agosto de 2010

Jesus era amigo de todos?

Dizer que Jesus não é amigo de todos não é nenhuma heresia. Ele mesmo o disse. Lembro de dois momentos diferentes que remetem mais ou menos a isso. “Vós sereis meus amigos, se fizerem o que vos mando“. E em outro, orando a Deus, disse: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo“.

É estranho dizer que Jesus não é amigo de todos. Mas de fato, de alguns, ele não é amigo. Amizade é relacionamento. E porque deveria Jesus ser amigo de todos, se não há relacionamento com todos? Jesus só é amigo de quem relaciona-se com ele, e para isso, deve fazer o que ele manda, senão, nada feito.

O conceito de amizade de Jesus tem laços fortes. Quem quer ser seu amigo deve ter afinidade com ele. E o que Jesus mandava fazer? Não há outra coisa senão amar a Deus a amar o próximo. Aquele que assim faz ganhou a amizade de Jesus. Não tem mistério.

Se formos ver as nossas amizades, veremos que também somos seletivos. Alguma coisa em comum temos com nossos amigos, senão seríamos no máximo conhecidos. Amizade exige alguma concordância ao menos, mesmo que seja apenas respeito mútuo pela discordância.

Da mesma forma, não é pelo fato de sermos discípulos de Jesus que somos obrigados a sermos amigos de todos. Amizades surgem onde despontam afinidades. Já ouvi pregações que ensinam técnicas de evangelismo. Dizia que primeiro se deve fazer amizade com a pessoa, sem falar de Jesus para ela. Depois que ela já se tornou sua amiga, então evangeliza-se ela.

Beira as raias do absurdo e infelizmente o meio cristão está cheio de teorias assim. Não passa de pura falsidade com segundas intenções. Este tipo de relacionamento tem tudo para dar errado, pois não está firmado na honestidade, que faz um relacionamento ser sadio e duradouro.

Querer ser amigo de todos pode ser uma maneira sutil de maquiar o medo de ser rejeitado. Existem pessoas que não suportam saber que alguém não gosta delas. É o suficiente para se entristecer ou se irar.

Eu, particularmente falando, não faço questão de ser amigo de ninguém. Muito menos tenho a pretensão de ser bem visto por todos. Mantenho sempre a mesma postura, procurando sem preconceitos conhecer as pessoas que estão próximas. Minhas amizades vieram assim.

Jesus nunca ficou chateado em perder alguém. O jovem rico veio, ouviu uma pedrada de verdade na lata e foi embora. Jesus não correu atrás dele para que voltasse. Apenas disse que para os ricos era muito difícil ouvir aquilo.

Jesus sabia que seu estilo de vida não agradaria a todos. O filho do homem não tem onde reclinar a cabeça, disse a um que o queria seguir. Se quisesse segui-lo, que já soubesse como seria.

Jesus também nunca seduziu ninguém para segui-lo e mesmo assim multidões iam após ele. Não foram poucas as vezes que procurou isolar-se de todos, tamanho o assédio. Também houve um momento em que muitos o abandonaram, escandalizados com duras palavras. Jesus não mudou o discurso, apenas questionou os doze: vocês também querem ir embora?

João 6:66-67 Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele. Perguntou então Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
E foi aí que se vê uma bela resposta de Pedro:
João 6:68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
Pedro viu um grande número de discípulos irem embora, mas não foi influenciado pelo abandono alheio. Ali ele mostrou que já havia entendido que era mais confiável ficar com um, Jesus, do que acompanhar a maioria e se mandar. Em seguida, apesar das bonitas palavras de Pedro, tratou de avisá-los:

João 6:70 Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é o diabo.

Jesus se referia a Judas que o entregou com um beijo. É o que se pode chamar de amigo da onça. Um beijo... Enquanto Jesus disparava palavras duras, porém verdadeiras, Judas retribuiu com um beijo, porém falso.

Alguém gostaria de ter um amigo assim? Que te beija e ao mesmo tempo te entrega à morte? Eu não, nem Jesus. Reflitam.

domingo, 8 de agosto de 2010

Cegos seletivos, ou cegos intencionais?


Irmãos, ainda nao entendi o porque desse título, mas quando pensei em algo para se postar nesse blog, trouxe a tona, um assunto que ha muito tempo me incomoda.
Existem muitas pessoas, que são cegos seletivos, escolhem o que querem, e o que nao querem ver; Seja por opção própia, ou por que tem seus olhos "vendados" por dogmas que os impedem de ver, dogmas esses que podemos classificar em religião, sociedade, status...
Quero abordar um assunto, entrando nesse âmbito, pois hoje, só procuramos ver, o que nos agrada, e o que nossos olhos nao vêem, nao consideramos real.

"Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu.

Os outros discípulos lhe disseram: "Vimos o Senhor! " Mas ele lhes disse: "Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei"."

(Jo 20:24-25)

Tiramos por essa passagem, que a fé de Tomé, era muita pequena, pois estava junto com o Mestre, até ele morrer, vendo e vivendo os milagres que Ele fazia, e num momento crucial, nao pode crer, que Ele havia ressucitado. Homem de pequena fé, esse tal de Tomé.
Pois é queridos, mas olhando um pouco mas atrás, vemos uma das demonstrações de fé, desse discípulo, que julgamos ser sem fé.

"Então Tomé, chamado Dídimo, disse aos outros discípulos: "Vamos também para morrermos com ele"."
(Jo 11:16)

Sobretudo, também existem os cegos intencionais, o que quero tirar por isso irmãos, é que mesmo sem ver, precisamos acreditar, e acreditamos que temos um Deus, capaz de ficar conosco em todos os momentos, e para sermos salvos, só nos basta crer.

"Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos." (Hb 11:01)


O problema é o seguinte, o homem na sua busca incessante de encontrar Deus, e precisar ver para acreditar, resolveu montar imagens de seus deuses, para que pudessem adorar/venerar, esquecendo assim, do versículo citado acima, presente na Carta destinada aos Hebreus.
Isso não vem de agora, e já é citado em Êxodo:

"O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: "Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu". Respondeu-lhes Arão: "Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim"."
(Ex 32:1-2)

O Bezerro de Ouro, dos israelitas, nada mais é, do que uma tentativa, de minimizar o poder de Deus, e exaltar as própias forças do ser-humano, dizendo que seriam capazes de "fabricar sua proteção", mas ao contrário dos israelitas, Moisés, estava em cima do Monte Sinai, na tentativa de entender um pouco mais de Deus, e aprendendo o que poderia fazer, para conduzir seu povo até a Terra Prometida, mas ao voltar, viu que o povo, havia difamado Deus, e tinha pecado contra Ele, e sua atitude de tristeza, foi marcada por quebrar as "Tábuas da Lei".

"Quando Moisés aproximou-se do acampamento e viu o bezerro e as danças, irou-se e jogou as tábuas no chão, ao pé do monte, quebrando-as."
(Ex 32:19)

O que quero mostrar com isso irmãos, é o seguinte, nesse texto, podemos identificar dois tipos de pessoas: "os que fazem bezerros", que são aqueles, que procuram fugir dos seus problemas, e a cada dia fazer um deus, que possa conduzí-lo, de acordo com sua vontade, negligênciando a vontade de Deus.
E o outro tipo de pessoas, que são aquelas que "sobem ao monte" (enquanto o povo fazia o bezerro de ouro, Moisés estava em cima do Monte Sinai). Esse tipo de pessoa, são aqueles que vão até o ápice, pra descobrir a vontade de Deus, indo contra a sua própia vontade, pra agradar a Deus.

"Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me."
(Mt 16:24)

E então, qual tipo de servo, você vai ser.
Que a graça e paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, estaja conosco.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Namoro? Aqui vai algumas dicas!

Namoro do cristão

Os namorados se relacionam compromissados, visando a um futuro noivado e matrimônio dentro do modelo social familiar, priorizando um profundo amor, e nunca a paixão. (não existe essa de ficar por ficar, o que muitos jovens estão fazendo hoje em dia).

Existe uma pequena diferença entre:
  • AMOR - É controlado, é gradativo, se tiver que esfriar esfria lentamente, Não se transforma em ódio, busca a qualidade do caráter, apresenta-se como de fato é. Procura dar mais do que recebe.
  • PAIXÃO - É descontrolada, é súbita do início ao término, esfria subitamente, se transforma em ódio, busca só a aparência, não se apresenta como o é de fato. É egoísta.

Tome alguns cuidados

Antes:
  • Orar a Deus para que o coração não se precipite e vá a uma pessoa errada;
  • Procurar alguém que confesse a mesma fé;
  • Não desprezar conselhos dos pais;
  • Lembrar que não existe "alma gêmea", ou seja, DEUS não fez alguém para alguém;]

Durante:
  • Ter uma vida de oração, leitura da Palavra de Deus;
  • Participar de todos os eventos possíveis programados para a juventude da igreja juntos;
  • Observar horário e dias do namoro;
  • Não conversar sobre quaisquer assuntos que despertem a "curiosidade";
  • Ser fiel e amar sinceramente. "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" Fp 4.8.
  • Evitar ficar a sós ou em local suspeito. (cuidadinho com o testemunho);
  • Proceder de forma exemplar para o mundo. "Vós sois o sal da terra... a luz do mundo" Mt 5.13,14.
Depois
Depois, caso venha terminar o namoro:
  • Não comentar com terceiros sobre o namoro;
  • Não divulgar defeitos ou virtudes da pessoa dentro do namoro;
  • Continuar amigos e manter o respeito como da forma anterior.
Ai juventude, cuidado nas escolhas! Namorar é muito, muito, mais muito bom, desde que seja embasado no AMAR e debaixo da orientação de DEUS.


Manoel F. Vaz

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Crentes de plástico

Atualmente vivemos uma era em que tudo parece ser possível. A tecnologia avança, os preconceitos diminuem, a igualdade é aclamada pelos povos. É possível casar-se, descasar, ser homem, ser mulher, ser bicho, trocar de corpo, de cara, enfim, ninguém tem a ver com a nossa vida, não é mesmo? Bom, todas essas transformações tem alcançado também os cristãos, afinal, vivemos neste planeta. Já não somos preconceituosos, é possível crer em Cristo e também em Buda, é possível casar e divorciar, tudo também é possível aos crentes, afinal, Deus é bom e amor, não é mesmo?

Quero fazer o leitor refletir. Quem segue um ideal de vida, segue as crenças desse ideal. Existe coerência em suas atitudes e pensamentos. Isso não impede esta pessoa de levantar questionamentos quanto a filosofia aderida como forma de viver, pelo contrário, isso é muito saudável. No entanto, o que é preocupante é ver que cada dia mais, tudo o que prospera e se desenvolve a nível de “mundo” tem adentrado a passos largos nas mentes dos crentes e denominações religiosas. A realidade é que as palavras de Deus não mudam e não existe jeitinho. O mundo jaz no maligno, no entanto, parece que há muitos cristãos que o amam. A vida com Cristo não é uma vida de fazer as nossas vontades, muito pelo contrário, é uma vida de negar-se. Nós não devemos ser preconceituosos ao que é relativo as pessoas, mas devemos odiar o que é proveniente de satanás, agindo nas pessoas. Ele pouco a pouco vem avançando e com enganos sutis tem arrebatado corações de muitos crentes.

1João 2:15-16 Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.

O minimo de coerência possível de um crente verdadeiro é odiar o mundo e buscar o reino. Odiar o mundo significa não se adaptar aos ditos mundanos provenientes do jazido maligno. Buscar o reino significa, fora o seu trabalho secular, dar vazão para Cristo se expandir dentro de você. Se você diz que ama a Deus, que quer o reino, mas tem uma vida acomodada, sem orações, sem jejuns, sem buscar Deus em primeiro lugar na sua vida, sinto dizer-lhe irmão, mas você esta longe da realidade Cristo.

Como iremos reinar se não conhecemos a vontade de Deus? Deus é amor, mas é justiça. Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Como iremos chegar diante de Deus com o coração contaminado? Só em sonho. A palavra do Senhor não mudou, crente de plástico, isto é, que tem exterior vigoroso, mas apenas vento por dentro, não entra no reino dos céus. Irmãos, estamos na última hora, como podemos nos acomodar? Estamos no mês de julho e desde que iniciou este ano, qual a porcentagem de aumento de Cristo dentro de você? Tenhas certeza que esse é o maior ganho que você pôde ter este ano. Reflita sobre essas palavras e veja o quanto há de coerência entre a Bíblia e a sua vida, veja bem, não é entre o que você pensa que Deus é e como você está; é como a Bíblia diz que Deus é e como você esta. Ainda há tempo de mudarmos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Evangelho em Gênesis


Freqüentemente usamos o termo bastante familiar evangelho ou boas novas.

Onde, na Bíblia, o termo aparece pela primeira vez? A resposta poderá causar surpresa!

por Chuck Missler

Traduzido por Fábio Amarante


Uma Mensagem Completa

A grande descoberta é que a Bíblia é um sistema de mensagens, não simplesmente 66 livros escritos por 40 pessoas há milhares de anos. A Bíblia é inteiramente coerente na sustentação da evidência de uma direção sobrenatural, em cada detalhe.

Os rabinos judeus têm uma curiosa maneira de expressar esta idéia: dizem que não compreenderão as Escrituras até a vinda do Messias. Mas, quando Ele vier, não somente interpretará para nós cada passagem, Ele interpretará o verdadeiro sentido das palavras. Interpretará o exato significado de cada uma das letras e até mesmo cada espaço entre elas!

Quando ouvi isto pela primeira vez, considerei como uma exagerada e colorida expressão, até que reli Mateus 5:17, 18:

“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.

Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido."

(Um jota e um til equivalem, no hebraico, ao ponto colocado em nosso i e o corte de um t.)

Um Exemplo

Podemos vislumbrar um exemplo extraordinário no capítulo 5 de Gênesis, onde temos a genealogia de Adão até Noé. Este é um daqueles capítulos que freqüentemente passamos rapidamente por cima, como outros capítulos deste livro, por considerá-los serem simplesmente uma genealogia.

Mas Deus recompensa o estudante aplicado. Examinemos este capítulo com mais atenção.

Em nossa Bíblia podemos ler os nomes transliterados do hebraico. O que estes nomes realmente significam?

Um Estudo das Raízes Originais

O significado dos nomes próprios pode ser uma busca bastante difícil, visto que uma tradução direta não é comumente oferecida. Mesmo um dicionário léxico convencional do hebraico pode nos trazer desapontamentos. Entretanto, um estudo das raízes originais é gratificante para percebermos fascinantes detalhes.

(Um alerta: muitos auxiliares para o estudo, como um dicionário léxico convencional, podem ser bastante superficiais ao tratar de nomes próprios. Alem disto, as opiniões acerca do significado das raízes originais não estão isentas de controvérsias e variações de interpretações.)

Tomemos um exemplo.

O Julgamento do Dilúvio

Matusalém vem de muth, uma raiz que significa "morte"; 1 e de shalach, significando trazer, ou trazer em seguida. O nome Matusalém significa, "sua morte trará" 2.

O pai de Matusalém profetizou a vinda do Grande Dilúvio, e certamente foi dito que enquanto seu filho estivesse vivo, o julgamento do dilúvio seria contido, mas, assim que ele morresse, o dilúvio chegaria ou seria enviado.

Você pode imaginar uma criança como ele? Toda vez que o menino pegasse um resfriado, a vizinhança toda entrando em pânico!)

E, realmente, o dilúvio veio no ano em que morreu Matusalém.3

Interessante é que a vida de Matusalém, efetivamente, é um símbolo da misericórdia divina em adiar a vinda do julgamento do dilúvio.

Portanto, é bastante significativo o tempo de vida da pessoa que mais viveu na Bíblia, apontando para a extensão da misericórdia de Deus.

Os Outros Nomes

Se o nome de Matusalém tem tão grande significado, examinemos os outros nomes para vermos o que pode estar por trás deles.

Adão

O nome de Adão significa homem. Como o primeiro homem, criado por Deus, ele era perfeito e completo.

Sete

O filho de Adão foi chamado Sete, o qual significa apontado, ou mostrado. Eva disse, "Deus me deu (mostrou, apontou) outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou”. 4

Enos

O filho de Sete foi chamado Enos, que significa mortal, fraco ou miserável. Vem da raiz anash, ser incurável, usado para tristeza, sofrimento, desgraça, doença ou perversidade.

Foi nos dias de Enos que o homem começou a corromper o nome do Deus Vivo.5

Nota do Tradutor: Veja no final deste artigo.

Cainã

O filho de Enos recebeu por nome Cainã, que significa aflição, lamentação ou desgraça. (Uma definição mais precisa é de certa maneira difícil; algumas fontes de auxílio ao estudo infelizmente presumem que Queneu é sinônimo de Cainã.)

Balaão, olhando dos altos de Moabe, faz um trocadilho com o nome dos Queneus, quando profetizou sua destruição. 6

Não temos uma idéia precisa de como estes nomes foram escolhidos para seus filhos. Muitas vezes estavam ligados às circunstâncias do nascimento, etc.

Maalalel

O filho de Cainã foi Maalalel, que vem de Mahalal, que significa santo, abençoado ou glorificado; e El, o nome para Deus. Assim Maalalel significa o Santo Deus. Muitas vezes, em Hebraico, os nomes incluem El, o nome de Deus, como Dan-i-el, "Deus é meu Juiz", etc.

Jerede

O filho de Maalalel recebeu o nome de Jerede, do verbo yaradh, significando descerá. 7

Enoque

O filho de Jarede foi chamado Enoque, que significa ensino, instrução ou começo. Ele foi o primeiro de quatro gerações de pregadores. De fato, a mais antiga profecia registrada foi transmitida por Enoque, a qual maravilhosamente trata da Segunda Vinda de Cristo (visto que é lembrado no livro de Judas, no Novo Testamento - Jd 14, 15 ):

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;

Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele."

Matusalém

Enoque foi o pai de Matusalém, como já mencionamos. Enoque andou com Deus depois de ter gerado Matusalém 8. Aparentemente, Enoque recebeu a profecia do Grande Dilúvio, que declarava que tantos anos quantos seu filho tivesse de vida, o julgamento do dilúvio seria contido. No ano em que Matusalém morreu, veio o dilúvio.

Enoque, certamente nunca morreu, foi trasladado 9 (ou, se você perdoará a expressão, raptado). É como Matusalém, o homem mais velho citado na Bíblia, morreu antes de seu pai!

Lameque

O filho de Matusalém recebeu o nome de Lameque, uma raiz hoje mais evidente, significando aflição ou lamentação.
Lameque sugere ausência de esperança.

(Este nome também é ligado ao Lameque da linha de Caim, que inadvertidamente matou seu filho Tubalcaim em um acidente de caça.10)

Noé

Lameque, é claro, é o pai de Noé, nome este derivado de nacham, trazer alívio ou conforto, como o próprio Lameque explica em Gênesis 5:29.

A Composição da Lista

Vamos agora juntá-los todos:

Hebraico Português

Adão


Homem

Sete


Apontado, determinado

Enos


Mortal

Cainã


Desgraça, pena, aflição;

Maalalel


O Santo Deus

Jerede


Descerá

Enoque


Ensinando

Matusalém


Sua morte trará

Lameque


Desesperado, sem esperança

Noé


Descanso ou conforto

Isto é realmente extraordinário:

(Ao) Homem (está) determinado mortal penalidade; (mas) o Santo Deus descerá ensinando (que) Sua morte trará (ao) sem esperança, (o) descanso.

Eis aqui o Evangelho oculto na genealogia de Gênesis!

(Você nunca me convencerá que um grupo de rabinos judeus tramou a ocultação do Evangelho do Messias em uma genealogia de sua venerável Torá!)

Evidência do Propósito

A implicação desta revelação é que o propósito é mais amplamente desenvolvido do que aparenta à primeira vista.

Fica demonstrado desde os primeiros capítulos do Livro de Gênesis, que Deus já havia determinado completamente Seu plano de redenção para a grave situação da humanidade. É uma história de amor, escrita com sangue em uma cruz de madeira, erguida na Judéia há quase 2000 anos.

A Bíblia é um completo sistema de mensagens, o resultado de um planejamento sobrenatural. Cada número, cada nome de lugar, cada detalhe, cada jota e til aí está para nosso aprendizado, nossa descoberta, e nosso assombro. Verdadeiramente, nosso Deus é um Deus impressionante.

É admirável descobrir quantas controvérsias bíblicas parecem evaporar por um simples reconhecimento da unidade e integridade destes 66 livros, escritos por 40 escritores há mais de mil anos.

É extraordinário quantas descobertas sutis estão por trás de pequenos detalhes do texto. Alguns deles tornam-se imediatamente óbvios, com um pequeno estudo; outros são mais técnicos e necessitam pesquisas mais acuradas.

Muitas dessas descobertas são descritas em nosso Pacote Resumido, Beyond Coincidence (Além da Coincidência). Algumas são também destacadas em nosso recente livro The Creator Beyond Time and Space (O Criador além do Tempo e do Espaço).

Olhe atrás de cada detalhe: há descobertas a serem feitas! Deus sempre recompensa o estudante aplicado. Quais outras mensagens podem estar ocultas nos nomes da Bíblia? Verifique!

Bibliografia:

  1. Eastman, Mark, and Missler, Chuck, The Creator Beyond Time and Space, The Word for Today, Costa Mesa CA, 1995.

  2. Jones, Alfred, Dictionary of Old Testament Proper Names, Kregel Publications, Grand Rapids MI, 1990.

  3. Kaplan, Rabbi Aryeh, The Living Torah, Maznaim Publishing Corporation, Jerusalem, 1981.

  4. Pink, Arthur W., Gleanings in Genesis, Moody Bible Institute, Chicago IL, 1922.

  5. Missler, Chuck, Beyond Coincidence (audio briefing package with notes), Koinonia House, Coeur d Alene ID, 83816, 1994.

  6. Rosenbaum, M., and Silbermann, A., Pentateuch with Onkelos's Translation (into Aramaic) and Rashi s Commentary, Silbermann Family Publishers, Jerusalem, 1973.

  7. Stedman, Ray C., The Beginnings, Word Books, Waco TX, 1978.

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1 Muth, morte, ocorre 125 vezes no Antigo Testamento.

2 Veja Pink, Jones, e Stedman na bibliografia.

3 Matusalém tinha 187 anos quando gerou Lameque, e viveu mais 782 anos. Lameque gerou Noé quando tinha 182 anos (Gênesis 5:25-28). O Dilúvio veio no 600º ano de Noé (Gênesis 7:6, 11). 600 + 182 = 782 idade de Lameque, o ano em que Matusalém morreu.

4 Gênesis 4:25.

5 Gênesis 4:26 é freqüentemente traduzido de forma incorreta. Targum of Onkelos:...renunciou às orações em o nome ; Targum de Jônatas: designou seus ídolos em o nome... ; Kimchi, Rashi, e outros antigos comentaristas judeus concordam. Jerônimo indicou que esta era a opinião de muitos judeus de sua época. Maimônides, Comentários na Mishná (constitui uma parte do Talmude), 1168 d.C., atribuem a origem da idolatria aos dias de Enos.

6 Números 24:21, 23.

7 Muitas autoridades sugerem que esta pode ser uma alusão aos Filhos de Deus que desceram para corromper as filhas dos homens, resultando nos Nefilim (Caídos) de Gênesis 6. Isto foi discutido em nosso artigo do mês passado (janeiro de 1996), e também revisto em nosso pacote resumido, The Flood of Noah (O Dilúvio de Noé).Gênesis 5:24.

8 Gênesis 5:21, 24.

9 Gênesis 5:24.

10 Gênesis 4:19-25; princípios rabínicos, re: Kaplan, et al.

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Nota do tradutor:

Na página 26 de The Companion Bible - Samuel Bagster and Sons Limited, London - Reprinted by permission of The Bullinger Publications Trust - 1964, 1970, 1974 - Printed in Great Britain by Lowe and Brydone (Printers) LTD, Thetford, Norfolk

com texto da Versão Autorizada de 1611, com notas críticas e explicativas e 198 apêndices, consta o seguinte no Apêndice 21 acerca de

ENOS (Gn 4:26) “...começou a invocar o nome do SENHOR.”.

... então se começou a invocar o nome do SENHOR (JEOVÁ).

Se isto se refere à adoração a Deus, não corresponde à verdade: Abel e Caim, ambos iniciaram, e seus descendentes, sem dúvida, seguiram seus exemplos.

Na realidade, ali foi iniciada a profanação do nome de Jeová. Começaram a chamar coisas pelo nome de Jeová. Na Versão Autorizada inglesa há a sugestão “a si mesmos”, na margem. Mas, a maioria dos antigos comentaristas judeus supre esta elipse pelas palavras “seus deuses”, sugerindo que eles denominavam deuses as estrelas e seus ídolos, e os adoravam.

O Targum de Onkelos explica: “naqueles dias os filhos dos homens abandonaram as orações em Nome de Jeová.”

O Targum de Jônatas diz: “Aquela foi a geração em cujos dias começou o engano, fazendo eles seus próprios ídolos e os chamando pelo nome de Jeová”.

Kimchi, Rashi, e outros antigos comentaristas judeus concordam com isto. Rashi diz: “Então houve profanação na invocação do nome de Jeová”.

Jerônimo afirma que esta era a opinião de muitos judeus, seus contemporâneos.

Maimônides, em seu Comentário na Mishná (que constitui uma parte do Talmud), ano 1168 d.C., em uma longa pesquisa sobre idolatria, mostra que considera mais provável a origem da idolatria na época de Enos.

O nome Enos concorda com isto, pelo seu significado: fraco, débil, doente, incurável. Os filhos dos homens, como “Enos”, são assim chamados por semelhante razão

Jó 7:17 “Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas nele o teu coração”. Jó 15:14 “Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce da mulher, para ser justo?”.

Sl 9:20 “Põe-os em medo, Senhor, para que saibam as nações que são formadas por meros homens.”

Sl 103:15 “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce.”

Dn 2:43 “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.” Ver Ap 14.

Se Jônatas, o neto de Moisés, veio a ser o primeiro sacerdote idólatra em Israel (Veja Juízes 18:30), porque seria de se admirar que Enos, o neto de Adão, tenha introduzido a idolatria na humanidade?

Além disso, que “pecado” cometeu Enoque, “o sétimo após Adão” ao profetizar, conforme Judas 14 e 15 (“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.”) se a pureza na adoração iniciou-se nos dias de Enos, ao invés da profanação na invocação do nome de Jeová?

Certamente esta é uma evidência suficiente de que esta profanação do nome de Jeová foi a razão pela qual Enoque profetizou juízo contra os homens.

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CRÉDITOS:
Este artigo de autoria de Chuck Missler foi publicado em fevereiro de 1996, edição de Personal UPDATE.

Nota do autor: Devido ao incomum interesse neste artigo, o revisamos e reimprimimos e para responder às inúmeras perguntas.

A página original encontra-se atualmente na www.khouse.org/update.html

Copyright (C) 1996 by Koinonia House Inc., P.O. Box D, Coeur d'Alene, ID 83816-0347

Traduzido e adaptado para o português em abril de 1999 por

Fábio Amarante (famarte@uol.com.br)
S.Bernardo do Campo - SP

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Essa matéria foi retirada do site http://famarte.sites.uol.com.br/oevangelhoemgenesis.html

Solicitei ao Sr Fábio Amarante autorização para postar a matéria, mas como não obtive resposta até o presente momento resolvi replicá-la aqui devido a importância e clareza do assunto, mas reitero os devidos créditos a ele pela tradução desse excelente artigo.

O Dr Chuck Missler é um renomado estudioso da Bíblia e existem vários vídeos dele no youtube, raramente legendados, infelizmente.